Figuras no céu
Pergunto ao vento, que tal correm os dias no teu reino,
Do outro lado desta barreira de silêncio que nos separa.
Pergunto-lhe por ti,
Certo de que nunca chegarás a saber que por ti perguntei.
No meu horizonte, todas as manhãs e horas do acordar,
Escolheste ser o Sol que nasce sem no entanto amanhecer.
Uma estrela sempre presente, mesmo no céu nocturno,
A guiar um sentimento que o Destino não quis conhecer.
Ao olhar o céu nocturno deitado em praia deserta,
Faço as minhas próprias constelações,
Apenas contigo no meu pensamento.
A noite retribui com a compreensão do seu silêncio.
Neste eterno cenário
Onde não fazemos as regras e tudo se altera,
Todas e quaisquer certezas
Estão sempre longe demais dos nossos dedos.
Mas eventualmente, depois da noite,
Madrugada e um novo dia terão chegado.
Nuvens sempre em mudança num céu matinal,
Que nasce já de tons de vermelho raiado.
- Paulo de Sousa Alcoforado (2006, do livro "Reticências...")
terça-feira, 25 de setembro de 2007
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5 comentários:
Vai ser um sucesso!
Lindo, lindo, lindo, lindo, lindo!!!
Mais um poema maravilhoso poeta!
Beijinhos
Olá Zeca Paulo:)
Reencontrei-te pela blogosfera... Surpreendente este "mundo", e mais ainda a tua poesia. Gostei muito!
Muito sucesso para ti e para o teu livro:)
Beijinhos para ti e pro teu mano
Sara Tavares (Pipas)
Um eterno cenário de encantamentos.
Beijos de Sol e de Lua.
Este foi um bom artigo para ler, obrigado por compartilhar isso.
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